Eu estou tão farta. Mesmo. Estou cansada de tudo isso aqui. Tudo é tão difícil. É difícil você entender uma pessoa (e mais ainda compreendê-la); é difícil você agradar aos outros (em especial de uma vez só); é difícil você falar apenas o que se deve (e é quase impossível você fazer isso de uma maneira simples e clara)...
Eu podia continuar. E não estou sendo dramática quando falo isso. Eu tenho em minha mente um monte de coisas que gostaria de falar para UM MONTE de gente. Coisas que, embora sejam verdadeiras, na certa serão interpretadas da maneira errada.
E então, me sinto diante da ironia cruel: eu tenho um Monstro da Honestidade, mas eu não posso usá-lo para me ajudar. Ele ajuda os outros a verem as suas falhas e a enxergarem seus erros... a intenção dele é boa, mas ele é mal-compreendido. Como eu.
Eu quero ajudar os outros. De verdade. Quero muito mesmo... mas se eu falar mais do que eu me permito, se eu REALMENTE soltar o Monstro...as pessoas não confiariam mais em mim. Elas não achariam mais que eu sou a "menina que ouve e que dá conselhos bons", mas passariam a achar que eu sou a "garota que fala mal de Deus e o mundo".
POR TUDO QUANTO É MAIS SAGRADO, EU NÃO QUERO ISSO!!!
Eu quero ajudar. Eu quero deixar os outros de bem com a vida, mas pra isso, todos nós precisamos ouvir críticas.
Não, eu N-Ã-O estou me achando maior que ninguém. Sempre que quiserem, podem vir falar comigo. Digam!!!! Digam o quanto eu encho o saco, digam o quanto eu sou chata e tosca às vezes... mas digam isso DE VERDADE! Não pra zoarem ou pra fazerem graça...
Eu quero que as pessoas à minha volta, não só estejam, mas sejam felizes. No entanto, eu não vejo isso. E faz tempo que eu não vejo a felicidade constante à minha volta. Ela apenas fica de passagem... e, é estranho, pois parece que a pessoa quer ficar infeliz. Ela reclama, e fala, e acha ruim, mas ela não vai atrás. Ela não busca outro jeito de se viver a vida. Deus do céu, há tantas maneiras de se viver a vida. Não conheço muitas, mas eu as imagino... não é possível que venhamos aqui para sermos infelizes. Se for assim, então, já estamos no inferno e vamos para o céu depois que morrermos. Todos nós.
Vocês não sabem o quanto está difícil... eu sei que tem gente muito pior do que eu e eu olho tudo o que tenho (e quem eu tenho também) e me sinto uma ingrata por achar isso, mas eu às vezes queria sumir. Desaparecer. Sem dizer nada a ninguém. Acho que deixaria no máximo um bilhete para uma ou duas pessoas...e só. Pegaria minha maior mochila, colocaria minhas roupas, todo o dinheiro que tenho guardado, meu Converse preto (isso estaria nos meus pés), enfiaria meu iPod também, Joanna (minha câmera), meus CD's favoritos (The Fallen, The Open Door e A Night At The Opera) ...tudo o que eu achar importante. Iria até a rodoviária, compraria uma passagem pra Deus sabe onde e depois, adeus, Fim De Mundo.
Quem dera que tudo fosse fácil assim... quem dera ser tão corajosa para realizar tal ato... sei que se eu fizesse isso, minha mãe teria um surto, assim como meus avós. Meu pai... é, ele não sentiria minha falta tão cedo. Já não digo o mesmo das minhas gurias... eu as manteria informadas sobre o que aconteceria comigo.
Ok, voltando à realidade (aquela onde eu não sou uma eremita de quase 16 anos) e analizando os fatos atuais: eu estou morrendo de vontade de tomar café, acho que estou na TPM ou algo assim pra estar tão "tensa" e estou com uma frase que poderia ser considerada inspiração para muitas idéias filosóficas...
Bom, já cansei vocês demais com isso.
do svidaniya, Clara Ferreira
PS> a frase é "as pessoas me surpreendem todos os dias, mas eu queria que metade dessas surprezas fossem boas". (Clara Ferreira)
PSS: parabens pra Aninha que faz aniversário hoje (: Amo você, tigreza *rawr*. Parabens