Não sei ao certo como explicar, mas eu gosto de me sentir acolhida.
Para que isso aconteça, não preciso de muito.
Tem que ter um cheiro (de preferência café... AMO cheiro de café). Daí, haveria uma brisa fria que faria eu me encolher. Eu teria até a roupa perfeita (e meus momentos extremamente detalhistas se afloram). Seria uma blusa lisa, branca de algodão de manga comprida e um abrigo azul marinho confortável. Acho que não preciso dizer que a essa altura do campeonato eu estaria em casa e sozinha.
Voltando ao foco... o cheiro viria da cozinha. Eu tomaria uma xícara de café puro. Gosto até de tomar com leite, mas prefiro puro no frio...me deixa mais alegre e serena.
Eu sou assim: no verão eu A-M-O tomar café com leite e mais umas 8 ou 10 gotas de adoçante. Sim eu sei que vou ter problemas de saúde com isso, mas eu gosto de café doce... Não me critiquem, por favor.
Do lado de fora, estaria nevando. Eu estaria em NYC (meu sonho *-----*) e moraria em um prédio maravilhoso.
Depois que a minha xícara estivesse cheia (e perfeitamente adocicada) eu subiria as escadas (seria um apartamento a cada dois andares... o que eu posso dizer??? Sonhar não custa) e entraria na minha sala. Como me vejo uma escritora, eu penso em ter um lugar em minha casa dedicado ao meu trabalho. Ele teria as paredes pintadas de branco e vários quadros. De frente para a porta, a mesa de mogno (imitação de mogno, tá, gente???) abrigaria um iMac, cadernos, anotações aleatórias, alguns livros e três porta-retratos. Um meu, sozinha, outro de minha mãe comigo e com os meus avós e outro com minhas melhores amigas no mundo enquanto nós éramos adolescentes.
Em cima, pendurado na parede, haveria cartões postais e vários recados e bilhetes. Todos eles escritos a mão e com fontes diferentes... Os papeis, nenhum deles idênticos, embora não estivessem em seu melhor estado, estavam conservados e todas as vezes que eu os via, me lembrava de coisas ótimas... coisas que ficaram para trás e que eram guardadas com muito carinho em minha memória.
Nas paredes ao lado da mesa estariam estantes. Cada uma delas recheada de livros e cadernos. Seriam também de madeira e teriam um estilo único, porém característico.
Eu sento na cadeira - muito confortável por sinal - que está em frente à mesa e tiro o computador do modo de espera. Um sorriso em meu rosto quando eu termino de dar um gole em minha xícara e dirijo meus olhos à tela. Uma mensagem nova.
Estou com saudades. Te amo, minha linda. ♥
Do svidaniya, Clara Ferreira