A pessoa que ama guizos e cheiro de café. Aquela menina que fala coisas em público e mesmo sabendo que ninguém além dela irá entendê-las, continua a conversa como se nada tivesse acontecido. Aquela que dorme com um Garfield de pelúcia e que tem fascínio pelo Jack e a Sally de NBC. E aquela que tem uma caixa com coisas dentro que são tudo pra ela. Nada mais. Nada menos.
Só eu.
E, eu confesso aqui que me abalo muito quando me tiram isso. Quando me comparam com outra(s) pessoa(s). Eu sou eu, cacete! (desculpe o nível do palavreado .__.)
De uns tempos pra cá, eu tenho me sentido sombra de outras pessoas. Pessoas que eu confesso que admiro muito, mas que são diferentes demais de mim. E, mesmo assim, são comparadas comigo. Isso me irrita. Cada um de nós deve ser comparado com o melhor que pode ter de si mesmo, e não com o outro. Cada pessoa é única.
Hoje eu dei um esporro tão grande por me compararem com outra pessoa (acho que podia até ter sido um pouco mais forte -qqq), mas mesmo assim eu acho que já fui grosseira.
Eu gosto de viver assim, cáspita. Eu gosto de dormir até não poder mais; eu gosto de música clássica e de rock pesado; eu gosto de Literatura e odeio Química. Eu tenho agonia com unhas sendo passadas em balões e também da cara do Other Father quando ele avisa para Coraline sobre a Other Mother...
Eu ouço McFly (e adoro) e eu teria um treco se Danny Elfman fizesse uma música pra mim. Eu adoro corujas e não tenho medo de morcegos. Eu nunca recuso um abraço e sempre me disponho sorrir para quem merece. Eu poderia viver na maior das alegrias se Diamante Negro fosse o único chocolae da Terra, mas morreria se só houvesse amargo. Eu amo gatos. Os personagens de Tim Burton me intrigam e eu amo cada um dos personagens que faço. Tem uma parte de mim em cada um deles.
Eu poderia fazer isso o dia todo. Mesmo. No entanto, vou parar por aqui e dizer que gostaria de viver minha vida sem ter que dar patatas nos outros como a de hoje. Além do que, eu sei que sou problemática... mas mesmo assim eu ainda creio que tem alguém aí, em algum lugar, que vai me amar pelo o que eu sou. Não vai me por pra baixo, não vai me alimentar de sonhos impossíveis e vai sempre me lembrar o quão especial eu sou. Esse alguém está aí em algum lugar e eu vou encontrá-lo, é.
do svidaniya, Clara Ferreira