Eu me odeio.
Ok, dramático demais.
Eu odeio o fato de eu não conseguir odiar algo. Pronto, melhorou.
Se a razão e a emoção tivesse qualquer tipo de ligação uma com a outra, já ajudaria. No entanto, ficou constatado que elas seraim opostas...
A razão fala alguma coisa e comanda o ser por um tempo... um tempo apenas. A emoção, de alguma forma mágica (e muito perturbadora) assume o controle da situação depois que esse "um tempo" acaba e ferra tudo. Que lindo.
Eu quero me esquecer. Juro que quero. Juro que não quero me sentir bem por alguns minutos e um lixo por horas seguidas... eu quero alguém que me valorize e que me trate do jeito que eu mereço. Eu não quero ter que fingir.
Eu quero que ele sorria ao olhar para mim (e que isso me faça sorrir de volta). Eu quero que ele me abrace sem eu ter que pedir, eu quero que ele faça eu me sentir valorizada e eu quero que ele seja o cara.
Eu não quero ficar com cara de besta quando o estou ouvindo falar algo pra mim. Eu não quero que ele chame a minha atenção (mesmo estando do outro lado da multidão) e eu não quero que ele me trate como a melhor amiga da história...
Só uma vez, umazinha que fosse, eu queria ser tratada como a garota. A menina que é surpreendida por ele, a menina que chora quando ele se declara (pra ela, óbvio) e a menina que termina a história dando/recebendo um beijo.
Agora, voltando a realidade, vamos ver como eu sou tratada: eu sou aquela que tem as borboletas no estômago e fica quieta (porque o personagem da garota já foi escalado), eu sou aquela que sempre é deixada no banco ouvindo música (exatamente como foi encontrada) e eu sou aquela que sempre escreve esse tipo de coisa no blog dela... tenso, eu sei.
do svidaniya, Clara Ferreira