"Seguimos caminho até a casa da garota chamada Anne (na boa, dividimos meu fone de ouvido hoje e deu pra ver que a menina gosta das mesmas músicas que eu, mas toda vez que eu olho pra ela, eu me lembro da cena dela com o prof. Lucas e aquilo me deixa... envergonhada). Chegamos lá e tocamos a campainha. Algum tempo depois, uma garota de estatura alta, cabelos morenos lisos batendo nos ombros e olhos verdes cobertos por maquiagem (tá certo que nesse quesito, eu não sou ninguém pra falar nada) saiu com um sorriso no rosto.
- Oi, gente – falou, alargando seu sorriso. – Eu ainda tenho que escolher o sapato, então podem entrar – ela soltou uma risada enquanto ia casa adentro.
Olhei para Matt que me encarava com uma cara de “não vai entrar?”. Suspirei e comecei a caminhar.
Subimos as escadas e nos deparamos com um corredor. O corredor, muito espaçoso e com várias portas, dava para um cômodo com portas duplas (por onde Anne havia entrado). Entramos e ficamos deslumbrados.
Na boa, quando você entra no quarto de uma menina que se comporta que nem a Anne, você acha que vai enfrentar uma overdose de coisas cor-de-rosa, cremes, trocentas roupas e o diabo a quatro... mas não foi isso. Não foi nada disso. Havia pôsteres. Mas não pôsteres de bandas toscas e que só falavam de coisas melosas e ridículas nas letras, e sim pôsteres de bandas como Nickelback, Queen, The Beatles e Elvis Presley. Como se não bastasse, os CDs iam de What Is Love? do NeverShoutNever! até Motion In The Ocean do McFly. Também dei uma rápida olhada nos livros. Ela tinha todos os exemplares de Harry Potter. Essa garota é uma geek, só pode ser."
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